
Quando alguém procura uma réplica do seu animal de estimação em lã, normalmente procura mais do que uma peça decorativa. Procura uma recordação especial, algo que guarde a essência, a história e o vínculo afetivo que existiu.
Na minha arte de feltragem, cada réplica é uma homenagem ao amor que uniu a pessoa ao seu animal, e é isso que torna cada peça verdadeiramente única.
O meu trabalho não são bonecos em lã, são réplicas realistas de animais de estimação criadas através da técnica de feltragem com agulha, uma técnica artesanal que exige tempo, precisão e sensibilidade.
Quem observa o resultado de fora pode achar que “é só lã”, mas quem acompanha o processo percebe a complexidade: cada camada é moldada com intenção, cada pormenor é trabalhado com paciência e cada expressão é construída devagar, até ganhar vida emocional.
Criar uma réplica de animal de estimação em lã é um acto de enorme responsabilidade. Eu recebo fotografias, histórias, memórias e sentimentos que não podem ser reduzidos a um simples objecto.
Eu sei o peso que aquele animal teve na tua vida, a importância da sua expressão, do seu olhar, dos pequenos detalhes que só tu reconheces.
É por isso que faço e desfaço sem hesitar e volto atrás quantas vezes forem precisas até sentir que a peça transmite aquilo que tu me confiaste.
A feltragem não é uma técnica rápida, há dias em que a lã simplesmente não corresponde ao que quero transmitir. A expressão não fica certa, a forma não revela a emoção desejada e sinto que não está realmente onde quero que esteja.
E quando isso acontece, recomeço. A tua história e o teu vínculo merecem esse cuidado. A peça só está terminada quando consigo sentir que aquela réplica poderia, de alguma forma, devolver-te uma memória feliz.
Cada réplica em lã é uma peça emocional, feita para durar e para guardar memórias, criada com técnicas tradicionais, materiais de qualidade e um enorme respeito pela história que represento.
É por isso que estas réplicas não são simples objectos decorativos. São lembranças físicas feitas para acompanhar quem as recebe, mesmo quando a saudade aperta.
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